Os especialistas, as instituições públicas e as empresas não têm dúvidas de que a Covid-19 acelerou a digitalização. Em que medida a pandemia impeliu, de facto, a disrupção tecnológica? Conheça as respostas de João Paulo Cabecinha, Board Member da Glintt.
A forma como conseguimos ultrapassar os desafios, que nos foram impostos pela pandemia, demonstrou que já existia inovação tecnológica para transformar digitalmente negócios e as mais diferentes atividades na nossa sociedade.
De facto o que assistimos foi à massificação de tecnologia já existente e a uma mudança radical na atitude perante a necessidade de transformar modelos de negócio e formas de funcionamento de serviços e instituições.
Como sempre, embora frequentemente nos esqueçamos, o driver de mudança não foi o encantamento com a tecnologia, mas antes uma necessidade absoluta de mudar comportamentos e processos condicionados (neste caso obrigados) por um fator externo – o SARS-CoV-2.
E isto recorda-nos os fatores que estão subjacentes a qualquer mudança: um triger que obrigue a pormos em causa a forma como funcionamos, seja uma ameaça ou uma oportunidade; acesso a tecnologia, no sentido lato, como meios e ferramentas que suportem essa mudança de comportamento e ou montagem de novos processos; e em terceiro lugar capacidade e conhecimento para utilizar essas novas ferramentas e adotar o novo processo. O que se observou com a pandemia foi uma aceleração brutal motivada por uma necessidade de sobrevivência que se sobrepôs a tudo.
Talvez o aspeto mais surpreendente tenha sido a capacidade que cada pessoa, enquanto profissional, consumidor ou utente revelou em aprender e ultrapassar medos e receios que noutras circunstâncias teriam sido obstáculos na adoção de tecnologia. Esta aprendizagem foi um trabalho, em primeiro lugar, de autoformação, em muitos casos pouco apoiado e que teve o mérito de ser desbloqueante, o que não deve dispensar um investimento continuo e estruturado que deve ser agora uma prioridade.
Ultrapassada a pior fase, o choque, temos agora uma oportunidade única para repensar a forma como podemos melhorar a nossa vida em sociedade tendo como aliada a tecnologia. Conseguiu-se nos últimos meses o que durante anos tentamos muitas vezes sem sucesso, por visões estereotipadas sobre as consequências de utilização de tecnologias de forma mais massificada.
Houve uma mudança cultural, que é a mais difícil de operar, cabe-nos a nós – que trabalhamos no setor das tecnologias – saber aproveitar com responsabilidade e sentido de oportunidade as possibilidades que estão abertas e acelerar a implementação de inovação e de tecnologia em todos os setores de atividade.
A Glintt tem o privilégio de ser protagonista nesta mudança de paradigma, nas duas valências onde centra a sua atividade. Desenvolvendo software e serviços para o setor da Saúde e consolidando a sua capacidade tecnológica para alavancar a transformação para o digital de grandes organizações. É neste contexto que surge a marca Nexllence, que pretende transmitir a forte aposta da Glintt como hub de competências e experiência com uma forte ambição de crescimento, capaz de atrair talento em áreas de forte inovação, e transformar esse talento em valor para os seus clientes.
Fonte: JORNAL ECONÓMICO, SUPLEMENTO QUEM É QUEM NAS TIC EM PORTUGAL 2020
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