Quando falamos em transformação digital, ou digitalização, em qualquer quadrante de atividade, referimo-nos ao esforço que um determinado setor, região ou país tem feito para se integrar no mundo digital.
Desde uma simples presença na Web, até ter toda a cadeia de valor e negócio digitalizada, estamos perante diferentes velocidades no processo de evolução digital. Os esforços encetados pelas empresas nacionais, nas suas várias dimensões, na exposição do seu negócio ao Digital constituem realidades muito diferentes.
A competitividade na realidade das Grandes Empresas Portuguesas…
Nas empresas de maior dimensão, a competitividade tem passado por um investimento profundo na agilização de processos. Também a externalização e securização dos seus dados estruturados e, em maior grau, dos não-estruturados têm sido uma prioridade.
Assistimos ainda a uma transformação aplicacional que visa converter os processos tradicionais e pesados de evolução das aplicações core em aplicações “fast track”.
No desiderato da velocidade e competitividade, as empresas trabalham a agilidade dos negócios face à evolução constante da concorrência nos mercados regionais, ou globais, onde atuam.
Muitas das grandes organizações portuguesas estão já num nível de maturidade digital que se equipara aos melhores benchmarks internacionais.
… no setor da Banca
Veja-se o esforço da banca nacional, no atual contexto de incerteza, para implementar uma inovação constante. Aplicam-se novos modelos de negócio trazidos pelas Fintechs, startups com padrões disruptivos que abalam os alicerces de grandes organizações.
Estes modelos inovadores têm sido um autêntico despertar para a utilização de novas tecnologias como:
- Inteligência Artificial;
- Novos canais de interação com os clientes;
- Digitalização dos processos de subscrição de produtos ou serviços;
- Acesso simples e em tempo real a toda a informação dos clientes.
… no setor da Energia
Esta evolução está patente também na área das utilities e energia. Estes setores, mais tradicionais, à partida não seriam óbvios no seu despertar para a digitalização. No entanto, tendo por base benchmarks internacionais de grande sucesso, as maiores empresas desta área estão a promover mudanças organizacionais significativas.
Rompendo silos internos, começam a olhar para além dos problemas do dia a dia. Abrem caminhos para a investigação e desenvolvimento através da testagem de novos negócios. A energia verde ou a criação do cluster do hidrogénio são bons exemplos.
… no setor das Telecomunicações
Veja-se o exemplo das empresas de telecomunicações com a concorrência das plataformas OTT (como a Netflix, Disney Plus ou HBO). Até os canais nacionais iniciaram já uma estratégia de digitalização da sua oferta de conteúdos, tornando-os acessíveis em qualquer lugar e dispositivo.
Isto tem levado, por um lado, à transformação digital destas organizações e por outro à incorporação de novas ofertas através de parcerias com as próprias OTT.
Todas estas organizações têm em comum a mudança para uma infraestrutura digital assente numa estratégia de cloud. Grande parte das suas aplicações foram movidas para os grandes players de cloud pública, como Microsoft, AWS e Google.
Renovação Tecnológica nas PME e SOHO
O tecido empresarial português de pequena e média dimensão, tanto as Pequenas e Médias Empresas (PME) como as micro e nanoempresas, normalmente designadas por Small Office Home Office (SOHO), enfrentam maiores dificuldades no seu processo de digitalização.
Isto acontece porque existe falta de recursos para a Renovação Tecnológica ou porque esta não é vista como estratégica.
Existe ainda falta de cultura digital, não apenas entre os colaboradores, mas nos próprios decisores, incapazes, por vezes, de compreender os reais benefícios de apanhar o comboio digital e implementar novos modelos de negócio.
O novo paradigma trazido pela pandemia
A pandemia de Covid-19 veio acelerar o processo de digitalização das organizações. Os empresários mais incautos foram apanhados de surpresa, tendo de redefinir o seu modelo de negócio numa questão de dias para o manter viável e poderem continuar a operar.
Nos últimos tempos, assistimos a uma enorme evolução. Pequenos negócios de restauração começaram a aderir a plataformas digitais como a UberEats e até pequenos agricultores lançaram os seus websites de produtos frescos, promovendo a economia circular.
Todos sentimos que o digital está agora mais presente no nosso quotidiano do que antes da pandemia.
O PRR na Transição Digital do tecido empresarial português
O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) proposto pelo Estado Português contempla um ponto para promover a transição digital das empresas, requalificando 36 mil trabalhadores e apoiando 30.000 PME.
É chegado o momento de apostar numa evolução sustentável que a longo prazo traga benefícios para as empresas. A transformação digital precisa de ser agilizada para alavancar o desenvolvimento da Economia a nível nacional.
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