Em 1836, um jovem de 27 anos terminava nos Açores uma viagem marítima de 5 anos para recolha de informação cartográfica. Falamos de Charles Darwin e sabemos hoje que a informação recolhida por ele nesta jornada, mudaria a nossa visão sobre a evolução.
O futuro dos modelos de negócio de hoje também passará por mecanismos de adaptação e evolução, que podem ter alguns paralelismos com as teorias de Darwin.
As conclusões de Darwin e a Evolução Digital das Empresas
Em 1859, Charles Darwin publicou a primeira edição de “A Origem das Espécies através da Seleção Natural”. Nesta obra, apresentou-nos 2 princípios básicos e inovadores face a tudo o que se pensava até então:
1. A Natureza “filtra” as espécies
Numa comunidade com escassez de recursos, os elementos com os melhores mecanismos para se adaptarem de forma a conseguirem obter alimento, atingem a maturidade reprodutiva e subsistem.
Este princípio, designado por Natural Selection por Darwin, continua aplicado regularmente nos dias de hoje: a famosa expressão “seleção natural”.
2. As espécies evoluem
Devido a mutações genéticas aleatórias, as espécies vão sofrendo modificações que as podem tornar mais adaptadas ao ambiente onde vivem. Estes mecanismos genéticos favoráveis, são passados às gerações seguintes.
Aqui reside a base da teoria da evolução.
Destes dois princípios nasceu a interpretação mais conhecida da teoria de Darwin:
“Não são as espécies mais fortes ou inteligentes que sobrevivem,
mas sim aquelas que melhor se adaptam à mudança.”
Poderá a Teoria das Espécies aplicar-se à Evolução Digital de Empresas e Negócios?
Acreditamos que é possível aplicar a Teoria da Evolução das Espécies de Darwin à transição digital das empresas dos nossos dias. Partilhamos a nossa visão sobre as características que podem dar maior resistência aos modelos de negócio.
Assim, adaptando-nos ao subtítulo da publicação de Darwin, podemos questionar:
Quais os mecanismos dos modelos de negócio com condições mais favoráveis para sobreviver?
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Ter INICIATIVA
O primeiro destes mecanismos é a iniciativa.
Ao contrário da evolução das espécies, as mudanças nos modelos de negócio não têm origem em mutações aleatórias. Devem nascer por iniciativa das organizações e serem devidamente ajustadas às suas necessidades.
Este mecanismo, deve partir do departamento de IT, de forma a garantir o enquadramento estratégico dentro de um contexto tecnológico.
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Garantir a OBJETIVIDADE
A objetividade também é muito importante.
Em qualquer empresa que disponibilize produtos ou serviços é essencial manter a objetividade. A sua oferta deve ser apresentada com base em 3 pilares: simplicidade, conveniência e disponibilidade.
Isto permite que o modelo de negócio seja mais dinâmico. Mesmo que faça alterações, a confiança do cliente na oferta tende a manter-se.
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Apostar na DIFERENCIAÇÃO
Com base nos 3 pilares do produto referidos anteriormente, também é possível garantir a diferenciação. Quando o cliente compreende o que lhe é apresentado, passa a ter uma melhor perceção do valor da oferta.
Se adicionarmos qualidade e rapidez de serviço, podemos alcançar uma relação duradoura e de fidelidade por parte dos clientes.
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Preparar para FALHAR
As más ideias, quando devidamente testadas, tendem a falhar rapidamente nas melhores empresas. Isto ocorre porque as organizações que incorporam processos de inovação com metodologias ágeis, conseguem abandonar ideias não otimizadas muito cedo.
Envolver pessoas de diferentes níveis na organização em desafios de inovação bottom-up é uma prática de gestão muito poderosa para melhorar ideias sólidas e operacionalmente válidas.
Assim, é possível reduzir os custos da inovação, pois as ideias menos eficazes são postas de lado mais rapidamente.
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Procurar PARCEIROS para vencerem juntos
Este mecanismo passa por assumir que o isolamento gera menos sucesso do que a procura de relações de simbiose. A cooperação pode até ser feita com a concorrência se isso gerar valor para ambos!
Agora é o momento para estar aberto a parcerias orientadas para resultados mais rápidos. Esta colaboração permite conseguir um custo global de inovação mais baixo.
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ESCUTAR sempre o cliente
Por último, é importante recordar que mesmo a digitalização mais ambiciosa do negócio deve ser human-centric. As empresas devem saber ouvir o cliente e valorizá-lo como o melhor recurso para o desenvolvimento de novos produtos.
Obter feedback sobre os nossos serviços é essencial para garantir que as suas expectativas se mantêm ao nosso alcance.
O Futuro dos Modelos de Negócio e a Transição Digital
Estamos confiantes que, após o controlo de distúrbios globais como os que atravessamos hoje, tudo vai melhorar e evoluir.
Os clientes voltarão progressivamente ao consumo regular, mas com exigências diferentes, devido a todas as limitações que sentiram neste período e também à influência de outros produtos que, entretanto, possam ter experimentado.
Lembre-se que os próprios consumidores estão a viver um momento de adaptação e evolução natural.
Conhecer as limitações do cliente na utilização dos seus produtos ou serviços, ajudará a identificar pontos de melhoria para superar situações semelhantes.
Apresentámos 6 mecanismos que já identificámos em muitas das organizações com as quais trabalhamos. Consideramos serem ótimas referências não só para sobreviver, mas também para crescer e incentivar a otimização dos seus processos, rumo à evolução digital.
Não há evolução sem mudança! Num futuro próximo, apenas sobreviverão as organizações que estão recetivas à transformação. Aquelas que adotarem este conjunto de mecanismos terão maior probabilidade de ser uma “espécie sobrevivente” de um exigente processo de seleção digital.
E o seu negócio? Está preparado para a evolução?
Na Nexllence, gostaríamos de conhecer os desafios da evolução digital da sua organização. Temos uma equipa com mais de 300 profissionais prontos para capacitar os líderes de um futuro digital.
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